É importante compreender que o
PMMA é um documento dinâmico, portanto, é preciso que ele se adapte, ao longo
dos anos, de acordo com as novas realidades políticas, econômicas, sociais e
mesmo ambientais. O Roteiro para Elaboração e Implementação do PMMA (MMA, 2017)
recomenda que o PMMA seja avaliado anualmente no âmbito do Conselho Municipal
de Meio Ambiente. Esta avaliação deve ser realizada de modo participativo,
ampliando-se para a comunidade, por exemplo, por meio de uma audiência pública.
Convém que a avaliação tenha como
base um relatório dos indicadores, portanto, é importante fazer a tabulação
contínua das informações. A documentação consolidada das informações facilita o
acesso das partes interessadas.
É importante que, dentro do
contexto da gestão participativa, os indicadores sejam divulgados no menor
prazo possível. A comunidade bem-informada pode contribuir com a gestão,
observando tendências, comunicando sobre problemas e questões identificadas e
trazendo propostas de solução.
Uma análise crítica dos processos
para alcançar as metas ou resultados também deve ser considerada. Caso alguma
meta não tenha sido atingida, é importante encontrar na gestão as causas do
insucesso, achando as falhas no sistema de trabalho. Atuar nas causas
localizadas permitirá revisar o planejamento operacional, ou até mesmo
direcionar novas estratégias, visando o objetivo maior de conservar e recuperar
a Mata Atlântica. É importante que as metas e indicadores da avaliação sempre
venham acompanhados de considerações sobre os processos. Onde queremos chegar é
importante, mas o “como” chegamos lá também.
Uma forma bastante simples de
registrar a avaliação é usando figuras simplificadas de rostos com os humores,
que demonstram claramente se estamos felizes ou infelizes com a situação, pode
ser por meio de uma escala, como no exemplo abaixo, feliz, indiferente, triste,
respectivamente:
A avaliação é baseada no
monitoramento das metas, dos indicadores traçados e dos prazos estabelecidos.
Veja um modelo abaixo:
Outra forma é o uso das cores dos semáforos – verde significa situação atendendo aos objetivos; amarelo significa que os objetivos estão sendo atendidos, mas a perspectiva não é boa, ou seja, podemos perder o controle num futuro próximo, e vermelho significa que não está atendendo aos objetivos e não há uma tendência em atendê-los.
Reconhecer que as coisas podem sempre ser melhoradas é uma das bases mais importantes da gestão de qualquer projeto. Não importa se as coisas já estão boas, ou se por acaso não atingimos alguma meta, sempre é possível melhorar, por isso a Avaliação é fundamental.
Outro exemplo para gestão do PMMA é lançar mão do ciclo PDCA, que é um raciocínio utilizado em administração para gerenciar a solução progressiva de problemas, de modo a proporcionar avanços contínuos nos resultados. As fases do ciclo são:
· Planejar: identificar o problema, potencial solução, preparar equipe e recursos
· Desenvolver: realizar aquilo que foi planejado;
· Checar: verificar os resultados, por meio de monitoramento;
· Agir: se os resultados não forem satisfatórios, replanejar e “rodar” mais uma vez o ciclo. Se os resultados forem satisfatórios, escolher um próximo problema para resolver.