A Palmeira Jussara (Euterpe edulis) é nativa da Mata Atlântica e conhecida pela produção de um palmito de alta qualidade muito utilizado pela culinária. Devido à intensificada exploração do palmito, a espécie corre risco de extinção influenciando em toda a cadeia alimentar que sustenta aves e mamíferos presentes no ecossistema Atlântico. Com porte considerado médio, alcançando entre 5 e 10 metros de altura, é uma planta atraente e bonita de se ver, com raízes que não se aprofundam no terreno, podendo também ser utilizada em paisagismo.
A extração do Palmito é uma pratica que traz prejuízos ao meio ambiente e ameaça a preservação da espécie, uma vez que é preciso derrubar a árvore para retirar o produto, afetando diretamente seu fruto, chamado de Coquinho que atrai polinizadores, dispersores e predadores de sementes, sendo importante para dispersão das suas sementes realizada por morcegos, antas, porcos-da-mata e diferentes bichos que vivem na mata Atlântica.
O coquinho da Jussara, que é também conhecido popularmente como o ‘Açai da Mata Atlântica’, fruto compostos por uma casca lisa, de cor violáceo-escura, com uma polpa fina que envolve a semente, semelhante ao famoso açaí da Amazônia (Euterpe oleraceae), riquíssima em antioxidantes, sua polpa é usada na fabricação de sorvete, farinha, doces e sucos e representa um importante produto para as comunidades tradicionais.
Além do consumo na alimentação, as flores da palmeira Jussara são melíferas (ou seja, fornecem néctar para as abelhas), suas folhas são utilizadas para fabricação de cadeiras de palha e suas sementes para a confecção de miçangas e artesanatos. As folhas e sementes também são usadas para ração animal. Sendo assim, a Palmeira Jussara é de grande importância tanto para a fauna local como para as pessoas, pois sua presença gera renda e atende a todos de diferentes formas.