Nos textos apresentados anteriormente, sobre as problemáticas que envolvem as mudanças do clima, foi possível compreender um pouco a respeito da complexidade dos impactos, sobretudo quando observados à luz dos processos em “cadeia”. O desafio é muito grande, mas existem alternativas (caminhos) para reduzir a magnitude e, quando inevitáveis, adaptar-se da melhor maneira.
Nesse sentido, quando são apresentadas alternativas para reduzir emissões de gases de efeito estufa, de forma a minimizar os impactos da mudança do clima, estão sendo propostas medidas de mitigação. Por exemplo, prevenir o desmatamento e reflorestar áreas degradadas, otimizar a eficiência energética e priorizar o uso de energias renováveis, promover o transporte público na modalidade sustentável (ônibus elétricos, por exemplo), incentivar o uso de bicicletas e de construções sustentáveis, entre outras tantas, são ações de mitigação.
Porém, mesmo fazendo um trabalho excelente do ponto de vista da mitigação, alguns impactos ocorrerão, ou melhor, já estão ocorrendo. Dessa forma, a “solução” é adaptar-se da melhor maneira e, sempre que possível, fazendo uso da natureza, para diminuir ou evitar danos relacionados à mudança do clima. É importante ter sempre em mente que mitigação e adaptação são estratégias que se complementam.
A necessidade de nos adaptarmos é vista como peça central no enfrentamento dos efeitos da mudança climática, sendo um compromisso entre todos os países no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (em inglês, United Nations Framework Convention on Climate Change – UNFCCC) e do Acordo de Paris.
As medidas de adaptação podem ser separadas em quatro grandes áreas de intervenção: a) soluções técnicas; b) desenvolvimento de capacidades; c) pesquisa e divulgação; e d) ações políticas.